Eu passei coisas horríveis, pois era uma jovem que brigava muito e tudo já era um motivo de briga; se alguém me dissesse uma só palavra, eu já queria bater na pessoa, fora que eu ia para muitas festas, nas quais gostava de beber.

 Decidi me batizar, mas, quando eu me batizei, pela primeira vez, eu não fui decidida: não fui porque eu tinha um querer sincero dentro de mim, mas fui porque vi outras pessoas indo, por isso, foi como se eu tivesse tomando um banho de piscina e então voltei a fazer tudo errado novamente: a beber muito mais, ir para festas e andava com amizades erradas, essas que me levavam para coisas piores, pois me afundava ainda mais em bebidas e festas. 

Com o passar do tempo eu conheci um rapaz. Ele não era batizado, além disso, ele bebia e fumava, e, eu vendo ele fazendo isso, voltei a igreja novamente, mas, dessa vez, através de um convite. Comecei a lutar, orando para que esse rapaz fosse livre dessas coisas e ele foi notando uma diferença em mim, aí ele começou a ir também. Eu cheguei até a ficar noiva desse rapaz. Com um tempo, já na igreja, ele tomou a atitude de se batizar.

 Começamos a pegar firme na igreja, fizemos propósitos e correntes e, eu por amar demais esse rapaz, comecei a colocar ele acima de Deus e ele notou isso em mim, foi quando ele falou: "você tem que colocar Deus em primeiro lugar, não eu!" Mas eu não dei ouvidos e então o meu  noivado com esse rapaz se tornou terrível, porque haviam brigas a todo momento.

Saímos da igreja e voltamos a fazer o errado de novo, voltando a beber mais. Tivemos muitos bons momentos, mas na mesma hora que estava bem, estava um de cara feia para o outro. Eu já tinha 5 anos com esse rapaz. O tempo foi passando e a gente foi vivendo assim até que, um certo dia, ele vindo do trabalho, foi assaltado e reagiu e então faleceu. 

Foi o pior dia de minha vida: eu só queria a minha morte... queria ter morrido com ele. 

No dia do meu aniversário ele foi sepultado e então a vontade de morrer se tornou ainda maior. Fiquei 2 semanas sem saber o que era comer, apenas bebia água e minha mãe, vendo aquilo, ficou triste demais.

 Ela já era convertida, então me chamou para ir à igreja e conversar com o pastor. Chegando lá, desabafei tudo, inclusive sobre a morte desse rapaz que era uns dos motivos da minha tristeza. Não aguentei e me derramei em lágrimas. Então, depois disso, o pastor me disse algo que eu guardei comigo.

No dia seguinte, eu acordei decidida a mudar: voltei para igreja e conheci uma obreira e ela começou a cuidar de mim. Conversamos muito e com 15 dias eu decidi me batizar novamente, já que o primeiro não valeu de nada. 

Coloquei toda minha força. Estava conversando com a Sandy, que é uma das minhas amigas, e ela me perguntou se eu queria ajuda para ser batizada com o Espírito Santo. Aceitei na hora.

Lá conheci a obreira Monalysa e tudo que ela dizia para eu fazer eu fiz: os propósitos que ela passou e fui me afastando de tudo que me distanciava de Deus, li os blogs que ela passa todos os dias para mim e fazia questão de comentar. Meu entendimento sobre a vida cristã foi se abrindo. A minha vida foi mudando, então percebi que estava me entregando, de fato e de verdade, para Deus.
   
 Num domingo, fiz questão de ir na primeira reunião do dia. Saí de casa decidida a ter uma mudança total. 

Na hora da busca, comecei a falar com Deus. Me derramei totalmente e então me senti como se as minhas roupas tivessem caído, tamanha a vergonha que sentia de mim mesma. Foi uma sensação horrível e comecei a chorar muito. Mas, após isso, fui preenchida por uma alegria. Foi a certeza que tive meu encontro com Deus.
 
Hoje estou aqui para honrar e glorificar o meu Deus. Sou outra mulher! Aquela velha Elizandra morreu e nasceu, no lugar dela, uma nova criatura que hoje tem paz, é feliz e que se alguém disser algo ruim, com toda certeza direi: "fique em paz", pois é assim que me sinto. Até se alguém pisar em meu pé, sou eu que peço desculpas, rs. 

Se um dia eu coloquei algo acima de Deus, hoje eu não cometo mais esse erro. Deus sempre será a minha prioridade.